O melhor café você conhece pelo cheiro

sábado, 28 de janeiro de 2006

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Retrato de Marcelo Duprá

A Bianca disse que acordou.
O pior é que foi agora que eu comecei a gostar da caminha..
Mas vou levantar sim. A merda é como!


Outro dele.

Vou ver se eu doou sangue na segunda, aproveitando que todo mundo vai pro churrasco menos eu, xota. Na semana que vem tem o negócio do Martins Pena e eu nem to desesperada ainda, por que será?



Nem tenho direito nenhum de me estressar. O caminho agora pra seguir, e a mim cabe seguir. Que raiva.




Vamos! Vamos! tenho mais o que fazer! Quer ou não quer? Largo tudo e vou-me embora! anda, sua velha. É a mãe, é o filho! Velha maluca! Quem devia estar aqui era o teu filho...meu marido... Enrolando essse paninho... estou que não posso ouvir nada no meio da rua... Nem ver um nome feio desenhado no muro... foi ele! Teu filho que me pôs neste estado! Umberto me beijou! a mim! tua nora! e me disse um nome, uma palavra que me arrepiou.. E ainda me arrepia! Maluca! Vou te deixar morrer de fome e de sede! Meu marido mete na minha cabeça tudo o que não presta! o dia inteiro em cima de mim: "olha a cinta".. "Você não pode andar sem cinta!".. e até já perguntou se eu, em criança... Mas não passa um dia que eu não deseje a morte de seu filho! Olegário morto.. sem sapatos e com meias pretas, morto... De smoking e morto! Não sou a única mulher que já desejou a morte do marido. Tantas desejam, mesmo as que são felizes.. Há momentos em que qualquer uma sonha a morte do marido.. escuta aqui, sua cretina! Quando leio no jornal a palavra "seviciada"_eu fecho os olhos... Queria que me seviciassem num lugar deserto.. Muitos.. Não, é mentira.. Umberto me chamou de cínica e eu.. Eu gostei.. Quem sabe se eu não sou? Não, não! Minhas palavras estão loucas, minhas palavras enlouqueceram! Perdão! Perdão!

Primeira no segundo

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quarta-feira, 25 de janeiro de 2006

hehe



Partindo pra semi-sinceridade.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2006

Rio de Janeiro, dia de Oxossi de 2006

Na hora do já é: com Oxossi na mente, a pomba-gira no corpo, Ogum do lado e nos calcanhares lê-se EXU.

Não tenho medo. Pulou um, pulou outro. Pularam muitos a roleta. Via-se calcinhas de mocinhas que levantavam suavemente as doces pernas marcadas para burlar a lei da Fetransport. Uma pulada para cada passageiro. Um jovenzinho pra mim. Jovem que não conhecia lá as coisas. Mas queria parecer como quem sabe:
_Liberdade e disciplina!
Não vai, não vai levantar, não. Vai ficar aqui! E eu quero o celular, porra. Me dá, me dá. E, mas quem não vê arma não vê coração Passa a faca, a faca, porra. A faca não veio. E ela quis levantar, levantamos. Não desce. Fica aí.
_Mora aonde?
_Quê? Não tenho dinheiro.
_Mora aonde?
_Só tenho dois reais! Só tenho dois reais.
Abriu a bolsa. Viu. Senta aí. Tranqüilidade, não vai acontecer nada como você. Sentei, nem dava pra passar. Tranqüilidade, colega. Ninguém vai mexer com você não. Fica aí. Fica aí. Fica aí.
E ficou. E torcendo: desce no Aterro, por favor, desce.
_tu mora aonde?
_Em S. Cristóvão.
_Pô, tranqüilidade, tu é parceira. Tu vai pra onde?
_Pro show.
_E onde é que é?
_Ali no metrô, no metrô.
Mentir.. Desceu um bocado. Digamos metade. E no próximo eu ia. Desceram. Uma porrada, fui atrás.
E repito: qual a diferença entre o amor e o ercánio?

(não pensem que vai ficar assim)

sábado, 21 de janeiro de 2006

LADRÕES

roubaram minha postagem, filhos da puta.
EU SEI, SEUS MERDA!!

Tô de greve então, vou fazer melhor...

segunda-feira, 16 de janeiro de 2006

Talavera Bruce

Mulheres caminham nas ruas, em frente sempre. Sabem: em casa cabe os filhos. Na rua cabe a luta. Seus filhos são criados, não sabe porquê. Rápido.
Ela sua. É marrom, com várias dobras. Cabelo nada. Sempre preso., chega a ter dores de cabeça. Mas a aparência dele solto agride. Ela prende, prende-se, finge-se. Vê lindas jovens alvas, cabelos soltos esvoaçantes. Vê homens: belos ou não, queira. Queria um. Talvez qualquer. Quem sabe sendo uma linda jovem conseguiria um da espécie que lhe fizesse sentir orgasmos. Foi-se o tempo. Agora era uma eletrodoméstica fedida. Comprar condicionador a leva a falência! Por mais que se achasse em alguns momentos razoável sabia que emagrecer, alisar o cabelo, depilar as pernas, as axilas não a faria mais bonita. Era feia. Tinha a sorte de ter filhos, e mais de um! Sorte... Largava os questionamentos. A vida já está feita, pronta.
A ela cabia viver.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2006

A GOTA D’ÁGUA


A merda a Internet não pega: aí noiis escreve no Word. É impressionante como ele me corrige sem eu pedir, pra mim, Word é com letra minúscula, pra ele não, aliás eu nem preciso acentuar, porque o bobão acentua pra mim. È foda, seu eu não quisesse? É triste. Adicionar foda ao dicionário.
To muito feliz de ter passado pra UFRJ, mas também to com um bocado de coisa na cabeça, que só um grande prêmio lotérico iria me ajudar. To preocupada, um dos motivos, por saber que a merda da faculdade vai ser cara apesar de ser pública. Da lista dos cinqüenta classificados, somente dois eram isentos. Sei que um bocado de gente vai ser esnobe e prepotente, vai achar que é o máximo e sabe desenhar, e pior, pintar pra caralho (adicionar caralho ao dicionário). Mas eu sei que devo ficar feliz e humilde na minha. Vou ter que lidar com muitos egos gigantes! E sei que na UNIRIO seria o mesmo, talvez pior, porque esse povinho que faz tablado, cal, tem cara de ser bem indolente politicamente (tudo para não dizer alienado).
Mas como eu queria conviver com todo esse pessoal alienado, ia fazer muita festa de ver eles todos os dias. Ia ter aula até de circo. Agora eu to penando pra achar um bom curso de teatro de graça. É foda. E além de teatro eu vou ter um curso de expressão corporal, voz, dança, música. E o Ricardo ainda me deu a triste idéia de fazer judô também. Como!! Não tem como fazer tudo isso, fora o pré-vestibular, fora o CEFETEQ, fora a EBA. Ai. Eu preciso urgentemente ganhar na loteria, ou simples, posso arrumar um emprego também. Talvez na quinta da boa vista às 11 horas, depois de estudar pra prova de FisQui do dia seguinte. Eu quero soluções, agora.
PORRA! Por que eu sou uma merda? Por que eu não passei na UNIRIO? Melhor ainda: por que eu sou uma merda e não passei na UNIRIO por causa do Teste de Habilidade Específica?? Eu queria saber todos os detalhezinhos, porque aí eu ia me empenhar sagazmente para no próximo vestibular dar o melhor de mim, eu seria outra, era só dizer o que tinha de mudar. Não agüento mais estudar de favor! Eu quero matar quem me maltrata. Mas eu não consigo nem me mexer direito. Como sou acomodada!
Mas por enquanto eu vou ser uma ótima aluninha nos lugares em que vou ser aluna esse ano. Ou não, né..
Desisto de esperar, vá a merda telemar!!

domingo, 8 de janeiro de 2006

Vai-te pra puta que o pariu!



Momento de desconcentração antes do mal que virá.
Alguém já abservou que a Marlene é do caralho mas não tem nenhuma foto dela aqui. É, mas não cabe agora contar porque a Marlene é um grande símbolo. Isso é para se pensar.
A JsK fez a menina ficar com cara de popstar. Mas ela não é a Gina. Não pensem que ela é só um corpinho bonito, porque afinal o rosto também é lindo..

__________________Marlene por Jessica Koliren.

sábado, 7 de janeiro de 2006

NADA, é o que eu sou

quarta-feira, 4 de janeiro de 2006

O Coronel e o Lobisomem

Tudo velha de boca afundada, onde dente passou e morreu desde muito inverno, de jenipapo murcho ganhar delas na beleza.


Eu queria que alguém pudesse entender um dia o que eu quero dizer, que eu to sentindo nesse momento e talvez desde o dia que eu me dei por gente e também vi o que eu era. Eu tenho medo até de falar, de repente pode doer mais do que só sentir.

E nas minhas canelas lê-se

Queria me mover agora no sentido em que me movia no final do não retrasado e início do ano passado. Será que embruteci? Vejo nesse momento como se estivesse fazendo algo muito correto e bonitinho. Esqueço que um dia me angustiei. Não. Talvez eu não queira mais ser. Troquei toda uma fama criada por uma atitude hostil às autoridades por uma fama mentirosa baseada no passado, troquei por uma atitude calma da passividade de freiras cegas bordadeiras.
Sou calma não, só pareço.
Também não sou nervosa, agressiva. Eu sou extremamente intensa. Explodo com qualquer coisinha. Mas não necessariamente estou sentindo raiva ou quero matar ninguém. É só uma maneira de dizer: “Olha, me incomodou.” Maneira que devo ter adquirido no teatro. Porque antes eu nem falava nada, agora eu ajo com teatralidade, porque na verdade eu não sinto. Eu só descobri uma maneira de não ser mais magoada. Se te cutucam e apesar de não sentir dor ou algo do tipo tem uma sensação de que alguém está invadindo o seu espaço, o que há de se fazer? Duas opções: “Você na sua atitude de me cutucar está de certo modo invadindo o meu espaço, a minha privacidade de não ser cutucada”. Nesse tão calmo e pacífico. Ou você pode gritar: “pára de me cutucar, porra!” dentro do que eu venho fazendo de teatro (vai fazer 4 anos em fevereiro) vi que na segunda opção terei mais consistente da platéia. É. É mais fácil ser intensa.

domingo, 1 de janeiro de 2006

eu sou filha de OGUM

"Chora não vou ligar, chegou a hora. Vai me pagar. Pode chorar, pode chorar (mais chora). (...) Você pagou com traição, a quem sempre lhe deu a mão."
Vou festejar - João Bosco, Dida e Neoci

"Poetas e loucos aos poucos, cantores do porvir e mágicos das frases endiabradas sem mel trago boas novas bobagens num papel balões incendiados coisas que caem do céu sem mais nem porquê"
Boas Novas - Cazuza

"Se o cliente quer rumbeira, tem com tempero da baiana cubanita brasileira tem com sombreiro à mexicana"
Las muchahcas de Copacabana - Chico Buarque

"Eu vi,quando você me viu, seus olhos pousaram nos meus num arrepio sutil. Eu vi pois é eu reparei."
Cupido - Claudio Lins

"Sempre a meta de uma seta no alvo, mas o alvo, na certa, não te espera. Então me diz qual é a graça de já saber o fim da estrada, quando se parte rumo ao nada?"
A seta e o alvo - Paulinho Moska



Visão periférica - A Gio tava falando ontem que visão periférica pode ter várias interpertações. Podemos considerar por visão periférica o nosso modo de enxergar a periferia, local onde vivem pessoas à margem da sociedade. Ou mesmo podemos falar da nossa vista, não o que está ao centro e sim o que está nas bordas do centro.


Me recordo de todos os momentos da minha festa de Ano novo esse ano. Sabe porque? Eu não bebi.. Ó, que interessante!

Mas eu sei que agora eu vou ter que lutar muito pra ter minhas coisas, se eu passar em alguma faculdade vai ser mais difícil me manter do que foi para conseguir o dinheiro das inscrições e estudar pra tentar passar. O material de pintura é muito caro. De repente vou ter que pagar passagem, sei lá. Tô com medo de não conseguir seguir com todos os meus projetos e ter que largar alguma coisa. Depois me arrepender dolorosamente.

Minha agenda de início de ano:

Eu queria mesmo era ver no escuro do mundo..

Não acho que fiz muita coisa boa esse ano, acho que foi puramente transitório. Eu morri, nem sei qual foi o mês. Eu me propus a fazer e sentir muita coisa no início do ano passado que eu nem passei perto de fazer ou muto menos sentir. No entanto não pretendia algumas coisas que vieram de avalanche pra cima de mim, mas foi até bom. Não digo que me arrependo de alguma coisa, já foi época que me arrependia a cada passo, ano passado não. Me arrependo de uma coisa só. Mas não posso dizer que me arrependo, porque vou continuar me arrependendo até tomar uma atitude proativa nesse sentido.
Eu vejo muito coisa boa. A amizade por exemplo. Nunca me senti tão acolhida. Não foram poucas vezes. Certamente a mais marcante foi ter meus amigos mais presente na minha vida do que os meus familiares, isso eu nunca vou esquecer. Eu queria que minha gratidão pudesse ser tocada pra todo mundo ver com eu sou extremamente grata.
Eu quero que meus pedidos do ano passado se realizem todos.
Desse ano também, e por aí vai.
Ficou tudo meio incompleto e meio vago, mas é porque o ano é de transição mesmo.

Quando eu tiver bem velhinha, num início de ano qualquer, eu vou estar sentada vestida com umas roupas não muito convencionais pra minha idade e época. Vou olhar pela janela e vai ter um tempo tipo o de hoje, bem calmo e meio cinza. Aí meus netinhos vão fazer uma barulhada fodida e eu levantar com certa dificuldade e vou até o quarto ao lado onde eles estão vasculhando os meus trabalhos. Vão ver um quadro lindo com um senhor pintado com meio sorriso nos lábios com baços abertos num palco e vão falar: "Olha, vovó, é o vovô!!" Eu vou rir com a minha gargalhada inconfundível e vou dizer: "É simmmm, ele não é lindo?!" e eles vão rir mais que eu. Depois eu vou voltar pro quarto calmante e meu velho vai gritar lá de baixo, dentro de um carro antigo: "Vem, meu amor!! Você vai se atrasar pro teatro!" Eu vou descer e vou dar o beijo mais doce da minha vida. Vou morrer no caminho do teatro com a expressão mais feliz do mundo.

Amém.