domingo, 19 de dezembro de 2010
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domingo, 10 de janeiro de 2010
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Marcadores: madale-le-le-le-lena
domingo, 27 de setembro de 2009
Lembra?
Amarrado num mastro
Tapando as orelhas
Eu resisti
Ao encanto das sereias
Eu não ouvi
O canto das sereias
Eu resisti
Mas chegando à praia
Não fiz nada disso
Então caí
Nos braços de Calipso
Eu sucumbi
Ao encanto de Calipso
Não resisti
Depois disso eu não tive
Nenhum outro vício
Senão dançar
Ao ritmo de Calipso
Pois eu caí
Nas graças de Calipso
Não resisti
Ao encanto de Calipso
Só sei dançar
Ao ritmo de Calipso
Calipso
[Porto alegre, Péricles Cavalcanti]
Marcadores: cais
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Minha Hortinha
Marcadores: madame
sábado, 29 de agosto de 2009
domingo, 23 de agosto de 2009
Da Gio
É visível que o sofrimento está latente em todos. Falar sobre isso faria despertar o sentimento que estamos tentando esconder para poder seguir a vida com mais leveza. Senti que isso era inconscientemente exacerbado na presença da Nara, que grávida de 9 meses, tentávamos preservar ao máximo. Era para ser um dos dias mais felizes das nossas vidas. O dia em que daríamos presentes para comemorar a chegada de mais um integrante ao nosso seleto – e persistente – grupo. Mas foi o dia em que você resolver abandonar o barco, pular fora e deixar todos entre comemorar uma vinda ou chorar uma perda. Houve quem foi comemorar, forjando um sorriso amarelo no rosto, fingindo que estava tudo bem. Houve quem foi chorar, e dar de cara com a realidade, que era você mesmo ali, de carne e osso, sem vida.
É inevitável pensar o que poderia ter sido feito para que essa atitude não fosse tomada. Lembra que te convidei para vir morar comigo e minha família, fazer faculdade aqui, começar do zero, quando você disse que estava cansada da vida que levava? Você se animou, disse que era uma idéia que estava considerando para este ano ainda, mas depois disse que era melhor deixar tudo como está.
Lembra que te liguei quando vi que pela quarta vez você estava tentando. Chorei, implorei, pedi milhões de vezes para você não fazer isso, não tanto por você, mas pelo sofrimento que as pessoas à sua volta passavam por tabela. Você me disse que as coisas haviam melhorado, que estava tomando os remédios certos para o seu distúrbio de personalidade, o que estava deixando seu humor estável. Eu acreditei, pior que acreditei.
Nesta vez que estive no Rio não fazia nem 3 semanas, tentei me encontrar com sua mãe, mas não tive coragem. Sabe como é, sentimento latente. Mas guardo na carteira um cartão que a mãe da Helaine carinhosamente guardou para mim, tem uma foto sua linda nele, sorrindo o sorriso mais gostoso.
Sabe, vai ser difícil sem você. Quando as pessoas me viam chorando me diziam para parar, pois só assim você poderia seguir sei lá pra onde. Você sabe que não acredito nisso. Eu chorei o tanto que precisei, espero que isso não tenha te causado problemas, vai saber…
Perdi minha amiga brilhante, para sabe-se lá o quê. O problema é que quando você decidiu pôr fim à sua vida, levou com você toda alegria de fazer programas simples. Não é raro ouvir alguém dizer que tal praia lembra a Amanda, o CCBB lembra a Amanda, teatro lembra Amanda, beber lembra Amanda, hippies lembram Amanda, e por consequência evita-se qualquer contato dessa lembrança dolorosa.
Mesmo sabendo que todos ficaremos com a angústia de não saber o que a levou a se suicidar, quero acreditar do fundo do meu coração que você finalmente descobriu o sentido da vida, sentido este que não existe, e por isso não vale a pena viver.
Você vai ser sempre uma lembrança boa.
Te amo.