eu entendo dela inteira..
Certamente eu não sei o que vou dizer agora. Mas de fato, posso até estar com sono, mas brigo com ele pra ter alguma espécie de ócio semanal.
Na minha segunda acordei com sono, tomei banho com sono e sai de lá sem sono. Tomei um longo café da manhã e me sentia feliz porque ia resolver a merda do problema da bolsa. Que como sempre, nasci pra ser errada. A bolsa também tá errada. Não se encaixa na minha vida errada. Depois de um dia estagial, fui ao prédio da minha Ebinha querida e conversei, conversei, conversei. E lembro agora, lembrando daquilo, dos momentos em que eu chorava calada e não sabia que todos sabiam que tava chorando. E fui pra casa. Agora também me vem quantas vezes eu vi que o que eu mais merecia naquele prédio era chorar. Pintura foi difícil. Vender brigadeiros foi difícil, vender DVDs foi difícil. Correr atrás é sempre bem difícl. E contei sempre com pessoas que eu posso citar aqui, pessoas que nem sei o nome aliás. Porque são as pequenas pessoas. As pessoinhas que são melhores que qualquer teórico. E tenho orgulho de exister pessoa de verdade. E tento sempre ser pessoa de verdade. Tenho nojo de alguns. Pegar o 485 lotado pra não chegar atrasada me fez ter muita desesperança. Acredito sempre em pequenos gestos. E sempre meus quilos de argila, minhas bolsas, pastas, brigadeiros, ficavam a cargo de mim. Para melhor acomodação dos ovnis que desciam no CT, CCS e siglas variadas que nada queriam dizer além: pessoas que não se importam com ninguém. Além da desesperança tinha o desespero. Imagina voltar cansada depois de aulas de 7 às 17h em locais diferente e ver que aquelas senhorinhas (e senhorinhos) que entram no Hospital Universitário, como perna enfaixada, com problemas não se sabe onde, não tinham onde sentar. Me sentiria a pior pessoa do mundo se não levantasse. Então estava eu de pé, com pasta A3, bolsa térmica e mochila gigante, de pé. As pequenas coisas vão me marcar pra sempre. E pra mim elas são enormes. Será que ninguém vê?
Continuando, fui ao prédio da Reitoria resolver os meus probleminhas (ou soluções, não se sabe). Só criei mais problema e sai de la tarde demais pra estudar pra prova do dia seguinte do jeito que eu queria. E chorei, e enfebrei, e dormi. Na terça tudo ia começar de novo e se eu não encarasse aquilo nada ia terminar. A prova não foi boa e nem sei se foi ruim demais. Mas de fato a prova foi. Pra prova de quarta eu falei foda-se e fui muito mal sucedida sem medo. Na quinta fo um dia semi tranquilo tirando pelo fato de eu me sentir um imensa batata doce. Na sexta chorei minha própria chatice. E nem sofri tanto. Tirando o sofrimento da ansiedade. Hoje é sábado, amanhã domingo e o tudo de coisas que eu tenho pra fazer pra semana não deixam nem a brechinha de um teatro de 1 real. E eu sei que vai piorar.
Queria fazer tudo que eu tô fazendo, mas sei que tô me estrepando cada vez mais. Amanhã tenho compromisso que queria poder questionar. Mas não questiono. E o Ziraldo sabe porque, e nem sabe que sabe.
Quero é dormir e acordar.. Ler sobre Nô e fazer um belíssimo procedimento de cromatografia. Quero um final de semana com cinco dias no mínimo. Cansada...
Na quinta meu calcanhar é dor. Parece que nem tem carne na parte de baixo. As sextas tenho vontade de inércia. Mas venço a vontade e daí sempre lembro porque venci, e fico feliz.
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