O melhor café você conhece pelo cheiro

sábado, 3 de janeiro de 2009

As palavras ausentes [Reticências nº 2]

Melhor falar das minhas próprias ondas. Começar do ponto em que se quis saber o que há por baixo da água, o que há debaixo da superfície. Seria a superfície o resultado do profundo? Ou, colada debaixo da superfície, há outra superfície finíssima sobre outra superfície e outra...? A superfície é um chega!, mais que um limite – é um basta, um não posso mais, não posso, não posso e entenda, sim?
Agora vejo que estou delirando e que o fundo e a superfície não existem. Coexistem, o que é diferente. Se misturam e se trocam, são uma coisa só que é transportada para o alto pelas bolhas. (As bolhas são partes que a pertencem, mas a movem. Estou sendo claro?) E coexistir necessita deixar de existir um pouco. Não se pode existir completamente com. Eu te existo. Tu me existes. E isto é belo.
No ponto de onde questiono, o mato cresceu imponderadamente e está úmido.
(...) E tinha muito medo de não ser bom naquilo ou não ser bom em qualquer outra coisa ou que não o considerassem. (...) como quem dizia: eu posso mais que (...) um gostinho de dor (...) eu gostava.

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