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sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Dândi? Dando? Dados?

Uma vez um amigo me chamou de dândi, ainda bem que eu já sabia o que queria dizer.

Disse que eu olhava o mundo e as pessoas que se fossem mais qualquer coisa e que eu não demonstrava me importar tanto com o que os outros pensam. Procuro saber até onde isso é verdade.

Tem meias-verdades.

Não me importo tanto com o conhecimento apesar de absorvê-lo. E não gosto de não conhecer as coisas.

Essas manias poéticas. Essas manias que artistas têm de serem poéticos. Essas éticas. Essas políticas. Essas roupas. Essa mania de querer, de vistir, de existir.

Não importa. Beckett é Beckett pra mim. Camus é Camus pra mim. Sartre é Sartre pra mim. Pros outros não é e que se foda. Mas encontrei pra quem fosse.

Então eu olho o céu e pergunto pra que tudo isso. Existe céu. Pra que existencialismo? Pra que medo? Pra que morte?

Minha vida é uma tentativa de nada com algo. Existe um passado. Mas não me pertence. As pessoas se tornam passado. Meu passado se torna passado. Não existe futuro. Não existe passado. Tudo é um grande acumulo do agora. Tranquei a faculdade. Vi filmes de terror. Joguei video game. Transei. Bebi. Dancei.

ME PERGUNTEM! O QUE ISSO ACRESCENTOU?

Pra que acrescentar? As coisas, as vontades, a vida acontece. Eu largo o que eu quero e faço o que eu quero da maneira como eu quero dentro de regras, fora da liberdade, crio minha própria liberdade. Não importa se nada me acrescenta, me importa que eu vivi da minha maneira. Assim como meus pais. Assim como minha vó. Não cremos em nada. Só na natureza. Minha mãe acredita em Deus. Eu acredito em Deus, mas não. Deus é o que eu toco, o que eu sinto. É o Deus do meu pai.

Não me importo com meu futuro. Não existe futuro, existem urgências. Não sou mais um e vivo como eu quero. como eu quero. como eu quero.

Eu sou obtuso sim. por opção.

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