Sentimento Absurdo
Peão.
De xadrez.
De rodar.
De operar.
Durante 50 minutos ele andou por uma sala que lhe permitia círculos, chegando depois a correr, a andar de novo, a andar às cegas. Durante 50 minutos não houve qualquer reclamação, de falação ou fisicalização. Controle total e racional de onde tinha que ir, à quem devia obedecer. Foi confiança, confiou e entregou seu corpo na minha mão. Mas quando não houve mais proposta. Quando o comando deixou de ser constante. Quando os 50 minutos terminaram e começamos a uma nova contagem que terminaria antes em 20, depois em 15 e finalmente nos quase 8; quando tudo isso aconteceu ele se leu. Percebeu. Foi o seu dobrar de esquina. Naquele momento, na espera do comando e na sua ausência inexplicável ele pensou que poderia fazer coisas. Poderia gritar, mas não gritou. Poderia sentar, mas não sentou. Poderia se abandonar totalmente, mas não o fez. Quando o comando, ao fim dos quase 8 minutos, perguntou o porquê houve o momento da fotografia mais precisa. Qual seria a legenda da foto, caso ela reivindicasse_ coisa que não acredito_ qualquer explicação? Naquele instante ele percebeu que podia não só pensar em fazer coisas. Ele podia fazê-las. Mas por que fazia o que não queria, ou não fazia o que queria? Nesse momento ele estampou a face do sentimento absurdo.
De xadrez.
De rodar.
De operar.
Durante 50 minutos ele andou por uma sala que lhe permitia círculos, chegando depois a correr, a andar de novo, a andar às cegas. Durante 50 minutos não houve qualquer reclamação, de falação ou fisicalização. Controle total e racional de onde tinha que ir, à quem devia obedecer. Foi confiança, confiou e entregou seu corpo na minha mão. Mas quando não houve mais proposta. Quando o comando deixou de ser constante. Quando os 50 minutos terminaram e começamos a uma nova contagem que terminaria antes em 20, depois em 15 e finalmente nos quase 8; quando tudo isso aconteceu ele se leu. Percebeu. Foi o seu dobrar de esquina. Naquele momento, na espera do comando e na sua ausência inexplicável ele pensou que poderia fazer coisas. Poderia gritar, mas não gritou. Poderia sentar, mas não sentou. Poderia se abandonar totalmente, mas não o fez. Quando o comando, ao fim dos quase 8 minutos, perguntou o porquê houve o momento da fotografia mais precisa. Qual seria a legenda da foto, caso ela reivindicasse_ coisa que não acredito_ qualquer explicação? Naquele instante ele percebeu que podia não só pensar em fazer coisas. Ele podia fazê-las. Mas por que fazia o que não queria, ou não fazia o que queria? Nesse momento ele estampou a face do sentimento absurdo.
Marcadores: Teatro Porrada ou Triste Espetáculo
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