O melhor café você conhece pelo cheiro

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Fragmentos falidos

Quanto tempo que cá não se escreve em linhas? E mesmo elas mal são tocadas pelas letras, fugidias. Queria tanto uma vez na vida viver um grande romance. Pode até ser mais de uma vez. Mas uma vez no mínimo, tão básico, pra ciontinuar vivendo. O que há de errado comigo? Porque as coisas não acontecem. Quero que Eva se apaixone por mim, mas ela não pára de ter filhos e eu não paro de tentar ficar calada. Como odeio tudo. Quando romperam o invólocro da minha inocência? A arte só existe como conseqüência da angústia. E aqui ela nem existe. Ela só se prenuncia.

Dança dos Herdeiros do Sacrifício
E nosso relacionamento faliu. Nunca supomos que coisa tão horrível pudesse acontecer à situação tão estável. E hoje sofro com a lembrança de ontem, ou a idealização de ontem. Mas ainda te amo demais.

A pior coisa é não saber o que fazer. E acaba se achando que o que se pode fazer é o que se deve fazer. E agora nem sinto que devo fazer nada. Quero a morte total. Já que já se morreu na alma. Que foi criada para ser morta. Não se pode agir como animais. Mas porquê? Ou já somos animais? Quero a morte total. Nada dá certo.

Agora a gente não se prende mais. Eu sinto muita falta. Mas nem sei do quê. Talvez a fantasia tenha sido maior que a realidade. E a gente sempre tentando esconder essa realidade. Pessoas incompatíveis. A gente não consegue manter um diálogo sem querer se matar. A gente também tem coisas boas. Mas nem sei mais. A gente acaba só se lembrando das coisas ruins. Natural. E o cheiro de coisa boa no ar. Ou mesmo o gosto de comida boa na boca. Que depois vai virando comida ruim. Gosto ruim. Não sobra nada. Por quê? Será que a gente ainda vai voltar ao que era? Será que eu conseguiria tirar da cabeça a idéia egoísta que para voltar a mesma coisa você tem que mudar? Ou voltar ao que era antes. Queria tanto que fóssemos permitidos. Fosse permitido a gente ser feliz. Que você um dia acordasse e descobrisse que não precisa de nada disso que acha que precisa pra ser feliz e simplesmente ia olhar pro Sol e sorrir. Anseio pelo momento em que eu possa ter esse momento. Olhar pro Sol e sorrir. Não de passagem. Mas com a certeza que não ia ter que me preocupar com a preocupação dos outros. Espero o momento que o único motivo das meus atos seja a felicidade. Mas concretamente. Não sei quando, nem sei se vem.

Tenho certeza que nasci um belo dia. Um dia como hoje. Posso não poder dizer que a madrugada só me pertencia. Mas ela, certamente, pertence a mim também. Olhar pro céu hoje me trouxe tanta coisa boa, sentir o cheiro. As nuvens são realmente castanhas. Não há nada cinza. Nada azul. O infinito não deixaria o meu dia ser mais caloroso nas sensações do que nas imagens. E todo o ano ensolarado virou chuva, vento e céu castanhos. E as ruas da Tijuca receberam meus pés, molhados. Dia feliz. O cheiro do dia vai me agradar até quando? Obrigada a quem me ama demais, a quem me ama muito, a quem me ama, a quem me ama pouco, a quem nem me ama...
E a vida segue.
Amanda Magalhães
Rio, 8/04/2007

Quero a morte geral e irrestrita. Isso já foi falado. Mas querer mais nunca é demais. Para frisar que quero agora e o quanto antes. Que quero sempre. Que quererei até não poder ter mais futuro. Só desastrosamente apaixonante. Quero morrer também. Nada de apaixonante. Seu apaixonável. Quem dera que fosse eu a apaixonante e que sorrir fosse motivo de preocupação humanista, antes que agora, sorrir (ou não sorrir) é motivo de preocupação de algo que guia o ódio. As pessoas não se apaixonam! Não. E um eletrocardiograma nas inscrições no papel. nnlnlnlllnnlnlnlnlnlnlnlmllmllnl

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