O melhor café você conhece pelo cheiro

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O meu maior medo

O meu maior medo é não ser o que eu quero ser quando quero ser. Ou ser depois e desistir de ser. O meu maior medo é não fazer o que eu tenho que fazer, antes mesmo de saber o que eu tenho que fazer. Eu tenho medo de morrer quando penso em me matar. Eu tenho medo de me matar. Ainda. Teve um dia que eu percebi como a minha mãe tava longe e que eu não precisava mais pensar no compromisso que tenho com ela. Fico pensando o que aconceria com as pessoas no depois. Quanto tempo demorariam pra perceber que eu deixei de existir.Quais seriam as pessoas mais distantes que saberiam primeiro e as pessoas mais próximas que saberiam por último. Quem ficaria aliviado. Quem sofreria minha ausência. Quem seria indiferente. Na sexta descobri que tenho alguém próximo que morreu. Me senti mais sozinha. Eu estou bastante sozinha. Mas isso não é uma reclamação. Eu só tô falando, como falo do tempo. Tem estado frio e quente ao mesmo tempo. Tenho partido para métodos de anestesia. São ótimos. São uma prenúncio. O que está se destruindo é o tanto que eu destruiria de uma vez se morresse de uma vez. Mas eu tenho é morrido aos poucos. Mas quando escrevo, quando escrevemos, falamos sempre do depois. O durante não existe. Então o instante-já é um momento que vivo mais que morro. Não tenho medo de deixar de existir. Mas pergunto porque ainda não deixei. Me agarro num possível teatro. E possíveis satisfações posteriores. Mas é tudo forjado. O que não é fojado. Aprendi a ser sozinha de novo. E sou. Sempre. Mas tudo que faço deitada nesse chão no escuro faço pensando em companhia.

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