O melhor café você conhece pelo cheiro

sábado, 24 de novembro de 2007

Por mais que tentemos..

Acreditar que tudo volta ao normal depois que se faz uma viagem no tempo é no mínimo ingenuidade. Depois que voltei no tempo e que voltei pra cá de novo percebi que minhas memórias tinham mudado. Simplesmente o passado mudou e eu mudei também. Tudo porque ao voltar mexi em coisas que não devia. Agora como voltar pro passado de novo pra acertar tudo? No cinema bem que parece mais fácil. Agora eu tenho que conviver com essas memórias novas, mas sem esquecer as antigas. Parece que sei o que podia ter acontecido (meu primeiro passado) e o que aconteceu e fico confrontando as duas possibilidades. Ambas são ruins. Mas a que não é real é sempre mais atraente, diferente não podia ser.
Agora que o passado mudou, é bobagem fingir que o presente é nosso. Não é. O presente é do passado. E a gente nem se conhece mais.
O silêncio me dominou de tal forma e ninguém percebe. Eu não gosto mais de ninguém novo. Só o meu passado (meu primeiro passado) presta. E vou ficando cada vez mais sozinha. Porque o tal passado não é meu mais. Logo saio só, ando só, vivo só, volto só. E logicamente, por não gostar de ninguém novo os novos também não gostam de mim. Convivo com a letra escrita, a tela, o palco, com os sons. Quero poder agora construir passados também. Vivendo de ruína sou a heroína melancólica.
Minha esperança é o Sol, que nunca vai morrer. Um dia eu vou deixar de estar em silêncio. Ou um dia as pessoas vão ver que meu silêncio é minha mais contundente forma de gritar. Mas eu nem sei a continuação desse "um dia..". Não vai acontecer nada, afinal.

Marcadores:

1 Comentários:

  • A esperança é o Sol
    Veja a manhã de Sol
    Perca a esperança
    E tome posse do que esperava

    Às 1:38 PM  

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]



<< Página inicial