Dalí conversível
Pela primeira vez...!
Acho que pude demonstrar certa técnica. Um pouco simples demais pro meu gosto.
E meus olhos chegaram marejados, fechadinhos e vermelhos. Disse à menina que chorara por causa das janelas no descanso. Estou marejado ainda, a onda, a alma toda marejada, vermelha e fechada. Eu sou Luiz no delírio.
A conversão daliniana. Reparei numa foto de meu arquivo de trabalho (não tenho como refletir agora e buscar o termo mais acertado e eficaz, não, não no puedo). Olhei para o retrato e qual não foi meu espanto ao ver um cavalinho. Na verdade logo notei que eram dois meninos de figurino branco. Confundi Silva com Braga. Eu ando nessa, curtindo essa, entende, "sacô"?
Cuiudado com as coisas.
Ei, ei, vem aqui.
"...e quando estoura a saudade."
...simples demais pro meu gosto. Olhei por rosto dele e vi uma senhora loira. Sim, uma senhora...
- Péra aí! Quantos, Lucas? -
Tudo é tão feliz.
Estou feliz demais.
...uma senhora.
Não tem gosto. Ou é de amor, ou é de líquidos. Entendeu, meu irmão?
"No carnaval a gente vive a festa da carne..." [Homem na tv]
"Corta os pés e bebe vinagre que manda recado por meio insensato." [Provérbios, 26;6]
Ela está no forto e a aguardo com fervor.
Está passando, espero que sim.
Riso muito bobo aqui dentro.
"É necessário falar de camuflagem ou, mais precisamente, de exibição? Não será que toda exibição é um disfarce, uma imagem ambígua da realidade que se exibe? Não será que a camuflagem protetora é a contrapartida da necessidade napoleônica experimentada pelo eu para se impor exibindo-se?
(...) delírio alucinatório e mecanismo interpretativo são duas faces complementares de um mesmo ato psíquico." [Dalí, Ignacio Gomez de Liaño]
"Pois o suicídio não é somente um ato voluntário que, por si mesmo, seria um traço diferencial entre a possibilidade humana de suicidar-se e a do escorpião ou a do castor, mas também porque no suicida existe a vontade de não voltar a ter vontade de nada. Existe, pois, uma vontade que se volta contra si mesma. O animal, foi dito durante esta conversa, vive na satisfação e no ser, enquanto o homem, na insatisfação e numa estranha mescla do ser e do nada." [Dalí, Ignacio Gomez de Liaño]
A conversão daliniana. Reparei numa foto de meu arquivo de trabalho (não tenho como refletir agora e buscar o termo mais acertado e eficaz, não, não no puedo). Olhei para o retrato e qual não foi meu espanto ao ver um cavalinho. Na verdade logo notei que eram dois meninos de figurino branco. Confundi Silva com Braga. Eu ando nessa, curtindo essa, entende, "sacô"?
Cuiudado com as coisas.
Ei, ei, vem aqui.
"...e quando estoura a saudade."
...simples demais pro meu gosto. Olhei por rosto dele e vi uma senhora loira. Sim, uma senhora...
- Péra aí! Quantos, Lucas? -
Tudo é tão feliz.
Estou feliz demais.
...uma senhora.
Não tem gosto. Ou é de amor, ou é de líquidos. Entendeu, meu irmão?
"No carnaval a gente vive a festa da carne..." [Homem na tv]
"Corta os pés e bebe vinagre que manda recado por meio insensato." [Provérbios, 26;6]
Ela está no forto e a aguardo com fervor.
Está passando, espero que sim.
Riso muito bobo aqui dentro.
"É necessário falar de camuflagem ou, mais precisamente, de exibição? Não será que toda exibição é um disfarce, uma imagem ambígua da realidade que se exibe? Não será que a camuflagem protetora é a contrapartida da necessidade napoleônica experimentada pelo eu para se impor exibindo-se?
(...) delírio alucinatório e mecanismo interpretativo são duas faces complementares de um mesmo ato psíquico." [Dalí, Ignacio Gomez de Liaño]
"Pois o suicídio não é somente um ato voluntário que, por si mesmo, seria um traço diferencial entre a possibilidade humana de suicidar-se e a do escorpião ou a do castor, mas também porque no suicida existe a vontade de não voltar a ter vontade de nada. Existe, pois, uma vontade que se volta contra si mesma. O animal, foi dito durante esta conversa, vive na satisfação e no ser, enquanto o homem, na insatisfação e numa estranha mescla do ser e do nada." [Dalí, Ignacio Gomez de Liaño]
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