O melhor café você conhece pelo cheiro

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Cor

Meus sonhos têm sido muito coloridos. Acordado, sonho e rolo pela tarde e pela cama, parece um pesadelo de tanta cor. Aí acordo, esbarro em mim e até o vento dói. Não posso usar roupas muito leves. Tenho que me cobrir bem, me agasalhar pra não sentir frio, ou falta de calor, seja lá o que for. Não quero me acariciar. Me estagna. Tudo em volta da cor é bem cinza. Cinza de cimento. O tempo é cinza, um ritmo cinza. Eu sei que a gente está sempre transitando. Mas às vezes parece que chegou. Estou transitando e me transmutando pra outra coisa, me derretando. "Eu corri, e cheguei aqui. De volta." Quando me olho e vejo que estou só no meu quarto questiono a importânica de atuar, a importância de sonhar, a importância de meus cabelos. "Estou só e não resisto. Muito eu tenho pra falar." Sinto falta de uma arte narcisista. Minha. Sinto falta de amigos em casa. Sinto falta de mim. Acho que sou uma pessoa deprimida, né? Muitos cigarros mal fumados. Uma infância de fotografia feia.

Marcadores:

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]



<< Página inicial