O melhor café você conhece pelo cheiro

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Verdade

O que seria da posterior poesia se ela não fosse uma poesia? Provavelmente mais metafórica. Mais fingida. Ou mesmo mais verdadeira. Mais direta. Mais procedimento do laboratório químico.

Eu estava a espera. De nada. Esperava, claro. Mas sem descaro. E não esperava de ninguém assim, do lado. Esperava de longe, avulso. Mas tava mais com cara de não tô esperando. Porque dar pinta que espera é pior. Bem pior que esperar.
E tudo bom quando acontece nem parece que aconteceu. E eu me vi ali. Sucumbida por uma explícita situação excêntrica ao ponto de me deixar sem ação. Fui solicitada no que nunca achava que seria. E estou sem base. Digo e repito. Estou sem base. Não foi só aquilo. Foi tudo que desmoronou. Questionar hoje certas convicções. Antes já tive "convicções" questionadas. Mas agora é mais profundo. Agora quero me livrar de tudo de podre que me rodeia pra poder pensar. E analisar o que realmente é válido. Será que uma decisão é necessária? Mas pelo menos devo avaliar as minhas condições. Não simplesmente abaixar os olhos pro que acontece na minha frente. Tenho medo do que sempre me posicionei a favor. Pimenta nos olhos alheios é refresco. Então. É mais que rico. Foi de uma intensidade mais bonita que paisagem de praia vermelha. Foi de carinho, espontaneidade, conforto. Quero mais do que venho tendo. Eu queria poder virar pra quem lê e chamar de você. Mas não tem você. O que tem? EU. A.
Enquanto isso, na outra sacada.
Quando libertaram a rima imaginaram que iria virar essa orgia? Revolução. O que eu queria dizer agora, como muitas vezes, não disse. Verso ou não. O fato é que eu quero gritar que sou incompleta.

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