Duas coisas de lá
Surpreso
"...e sei a vez de me lançar"
Uma vez a Tia Rô disse, em tom de brincadeira:
- Pára de se lançar, Lucas.
Tia Rô sabe das coisas.
Ma lanço pra todos os lados. Um jogo de pin-ball. Vou deixando meus vestígios. Um livro aberto. E com notas de rodapé.
A imagem do cais é tão presente por causa das cordas e das âncoras. De tanto me lançar, não saio do lugar. Estou dentro de mim. Me lançando e me debatendo dentro de mim. Ontem quase tive febre. O dia todo num estado febril.
Quando te vi não havia mais nada. Era o constrangimento do constrangimento. Teentando me aproximar me afasto, não tenho controle sobre minha força: cada toque, um empurrão. Gostaria mesmo de sentar numa mesa de bar e rir de tudo.
Medo de ficar em algum lugar atrás do tempo. Um dia vou cantar e minha cantiga vinda de longe será apenas uma conclusão. Me concluo há cada instante. Como nunca estou pronto, resta esse sabor de coisa mal-acabada.
Desejo egoísta e sem culpa. Querer para ser querido. É preciso aprender. Estou aprendendo e sou sinceramente grato. Há certos sabores que ainda não existem, ainda não foram inventados. Posso senti-los, mas não posso usá-los.
Fico feliz quando me recrio. O que os surpreende também me surpreende. É como estar em cena plenamente. Na rua atuo. Em casa canto. Sei do que sai e do que entra.
Fico feliz quando me recrio. O que os surpreende também me surpreende. É como estar em cena plenamente. Na rua atuo. Em casa canto. Sei do que sai e do que entra.
"...e sei a vez de me lançar"
Uma vez a Tia Rô disse, em tom de brincadeira:
- Pára de se lançar, Lucas.
Tia Rô sabe das coisas.
Ma lanço pra todos os lados. Um jogo de pin-ball. Vou deixando meus vestígios. Um livro aberto. E com notas de rodapé.
A imagem do cais é tão presente por causa das cordas e das âncoras. De tanto me lançar, não saio do lugar. Estou dentro de mim. Me lançando e me debatendo dentro de mim. Ontem quase tive febre. O dia todo num estado febril.
Quando te vi não havia mais nada. Era o constrangimento do constrangimento. Teentando me aproximar me afasto, não tenho controle sobre minha força: cada toque, um empurrão. Gostaria mesmo de sentar numa mesa de bar e rir de tudo.
Medo de ficar em algum lugar atrás do tempo. Um dia vou cantar e minha cantiga vinda de longe será apenas uma conclusão. Me concluo há cada instante. Como nunca estou pronto, resta esse sabor de coisa mal-acabada.
Marcadores: cais
1 Comentários:
Acho que sentirei pra sempre que não estou pronto!
Hasta!
Às 8:57 AM
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